Foto: David Alves Bezerra, então com 30 anos, à época da prisão em 2021 - Polícia Civil/ Divulgação
David Alves Bezerra, conhecido como "Don Juan" pelos investigadores, foi preso pela terceira vez nesta semana, sob suspeita de aplicar golpes financeiros em mulheres. Em cerca de dois anos, Bezerra teria enganado pelo menos nove mulheres, obtendo cerca de R$ 300 mil, conforme informações divulgadas pela Polícia Civil. As investigações revelam que ele misturava crime com sedução para enganar as vítimas, prática que já o levou à prisão em 2017 e 2021 pelo mesmo crime.
De acordo com a Polícia Civil, David voltou a cometer os crimes de estelionato após ser liberado em 2022. Utilizando-se de falsas identidades, o suspeito se apresentava como funcionário de órgãos federais, fingindo ter cargos bem remunerados. Com esse perfil, conquistava a confiança de suas vítimas e as levava a acreditar que ele possuía acesso a bens valiosos. No entanto, após receber quantias em dinheiro, ele desaparecia, deixando um rastro de prejuízos.
David Alves Bezerra responde a diversos processos por aplicar o golpe do "Don Juan" em diferentes estados, incluindo Santa Catarina, Roraima, Mato Grosso, Goiás, Ceará e Distrito Federal. No total, suas ações já prejudicaram mais de 70 pessoas, somando prejuízos que ultrapassam os R$ 300 mil, apenas nos últimos dois anos.
A primeira prisão de David ocorreu em fevereiro de 2017, em Boa Vista, Roraima, onde ele foi acusado de enganar dezenas de pessoas, fingindo ser servidor público e prometendo a venda de produtos eletrônicos a preços acessíveis. Apesar das acusações, ele foi liberado um mês após sua detenção.
Em 2021, David foi novamente preso, desta vez em Fortaleza, após a Polícia Civil constatar que ele se passava por analista da Receita Federal para convencer mulheres e seus familiares a investir em bens apreendidos, como produtos de luxo e eletrônicos. Na época, ele usava uniformes falsos da Receita Federal e publicava nas redes sociais uma vida de ostentação, utilizando o dinheiro arrecadado com os golpes.
Segundo o delegado Leonilson Pereira, da Polícia Civil de Goiás, David montava uma estrutura de fraude bem elaborada: "Ele dizia que tinha acesso a bens eletrônicos de alto valor, que seriam leiloados por um valor bem abaixo do mercado, convencendo as vítimas a fazerem transferências financeiras na promessa de entregar esses objetos."
Condenado a quatro anos e meio de prisão em regime fechado, David foi solto em 2022 com tornozeleira eletrônica, mas logo voltou a praticar os mesmos crimes. Na última semana, ele rompeu a tornozeleira, o que levou a Polícia Civil a cumprir dois mandados de prisão: um relacionado aos novos golpes e outro pela violação do monitoramento eletrônico.
David Alves Bezerra agora está novamente à disposição da Justiça, enquanto as investigações continuam para identificar outras possíveis vítimas de seus golpes.
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