Porto Velho (RO) – Uma série de ataques realizados pelo Comando Vermelho na noite de quarta-feira (15) deixou oito pessoas mortas e outras 14 feridas na Zona Leste da capital de Rondônia. A escalada da violência ocorre no terceiro dia de intensos confrontos entre a Polícia Militar e a organização criminosa, marcados por mortes, prisões e a destruição de mais de 20 ônibus, além de outros veículos incendiados.
De acordo com a Rede Amazônica, seis das vítimas faleceram após serem levadas para unidades de saúde. Outras duas mortes foram confirmadas no local dos crimes, incluindo a de um cliente de bar e a de um ciclista atingido por disparos efetuados por criminosos que circulavam de carro pela região.
A polícia relatou que, em um dos ataques, criminosos atiraram contra frequentadores de um bar na Zona Leste, resultando em duas mortes. Outras vítimas foram baleadas enquanto caminhavam ou pedalavam pelas ruas. Ainda na mesma noite, dois suspeitos de integrar a facção foram mortos em confronto com a polícia na zona rural de Porto Velho.
Reforços de segurança e ações emergenciais
Diante da gravidade da situação, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) enviou um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para apoiar as operações policiais. Além disso, cerca de 60 agentes da Força Nacional já estão em Porto Velho, e outros reforços devem chegar nos próximos dias, conforme determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A origem da crise
Os ataques estão ligados à Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura II, deflagrada pela Polícia Militar para combater o crime organizado no conjunto habitacional Orgulho do Madeira, na Zona Leste. A área é considerada um reduto do Comando Vermelho e foi palco de ações policiais intensivas nas últimas semanas.
A situação se agravou após a morte de um dos chefes da facção durante uma ação policial em 8 de janeiro. Como retaliação, no domingo (12), o cabo da Polícia Militar Fábio Martins foi assassinado com seis tiros na cabeça dentro do mesmo conjunto habitacional.
Desde então, a violência se intensificou, incluindo ataques a ônibus e uma sequência de represálias por parte do Comando Vermelho. As autoridades estimam que pelo menos nove líderes e integrantes influentes da facção estejam em fuga e são alvo de uma ampla busca.
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